O governo argentino ratificou o fim do programa de benefícios para os exportadores de soja, implementado para fortalecer as reservas do Banco Central.

O Ministro da Economia, Sergio Massa, confirmou que na próxima sexta-feira o regime especial, que oferecia uma taxa de dólar mais alta do que a oficial, chegará ao fim.

O chamado "dólar de soja" foi cotado em cerca de 200 pesos por unidade, cerca de 50 pesos a mais do que a taxa oficial.

Através de suas redes sociais, Massa agradeceu o apoio do setor exportador para a medida, que ele descreveu como um "sucesso muito importante".

Segundo fontes oficiais, durante o mês em que esteve em vigor, o programa gerou uma receita de 3600 milhões de dólares nos cofres do Banco Central.

Vale lembrar que na Argentina, o preço da moeda norte-americana é fixado pelo Banco Nación.

Por esta razão, vários produtores agrícolas retêm sua colheita na esperança de vendê-la no exterior a um dólar mais alto, especulando sobre uma desvalorização que o governo está tentando evitar.

Foi dentro desta estrutura que surgiu o esquema especial, com uma cotação mais alta por um determinado período, para incentivar a liquidação das colheitas.